quarta-feira, 6 de outubro de 2010

COMBUSTÓXICO

(a todos os gaiatos de nosso planetemplo Gaia)

Saem de dentro, bem dentro da terra
extraídos pelo aço do braço viril
que arranca suga e esgota
seu uso e abuso de forças

Cadáveres da pré-história histérica
da vidanimal e outros vegetantes entes
decompostos ao seu dispor

Para que se possa navegar
pela desnecessidade
de tudo que se deixa para trás
com a poeira e os buracos da estrada
faminta de meninos pedintes

Veículos transitivos do verbo que se faz carne
elevando a matéria do fundo do poço
da condição inorgânica
ao céu da mais pesada e escura nuvem de fumaça

Só mesmo no interior isolado da nave
vagueamos vagalumes imunes ao efeito defeituoso
Do nosso consumo de energias não renováveis

2 comentários:

Art'palavra disse...

Ivan Maia meu sempre querido poeta guerreiro; meu querido poeta nietzchiano, grata pela lembrança que tem de mim. Vi seu recado no blog do nosso Ademario. Que Ñanderu nos acolha.
Grauna grão

Alan Figueiredo disse...

Adoro a mistura poema-política
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metáforas duras
desajeitadas na grande mãe
engrenagem sólida
dura de se quebrar
quem sabe um dia
quem sabe

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Gostei de seu blog
vou ver depois o filsofenix
mas no brasil não há cinsas
temos é que criar do zero mesmo
sigamos

Até Alan